Rubya,
Em que dicionário, livro especializado, línguas remotas, eu deveria procurar por nostalgias?
Sim, nostalgias... aquelas lembranças doces que trazem os aromas e sabores da infância, da memória, do tempo ido.
Encasquetei, nessa semana, que eu deveria voltar a usar um móvel que não cabe mais nos quartos e aposentos (aposentos?) das casas conceituais, onde tudo é pós-moderno, prático, minimalista.
Às favas o minimalismo. Vou ser over, exagerada, abundante, voluptuosa.
Resolvi percorrer todas as lojas de móveis usados das minhas redondezas: procuro por uma penteadeira.
Vocês lembram o que é penteadeira? Aquele móvel lindo, cheio de rococós e gavetas, com um espelho enorme onde nossas avós dispunham cremes, perfumes, batons, escovas, borrifadores?
Penteadeira – local sagrado, ritualístico, contemplativo e por que não dizer reflexivo, analítico?
Com tanta correria imposta pela vida ‘muderna’, por que não repassar, diante do espelho, o dia que se teve? Por que não despender alguns minutos de e em silêncio perante este altar estético-terapêutico?
Tenho cá uma certeza íntima, dividida com meus botões, que muitos reais seriam economizados em terapia, além de suavizar o stress e o ataque a geladeiras.
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