Que som é esse?

Sexta-feira, 23:30h... (De onde inventaram escrever as horas desta forma: 23h30m? Agora é assim? O mundo da escrita se atualizou e eu caduquei?)

Bem, bem. Era noite de sexta-feira, naquela hora, boa parte dos adultos descolados estavam saindo para a balada. Mas eu, que não sou descolada, coisa e tal, fui para a cama... Semana difícil, de acordar cedo todos os dias e dormir tarde no esforço de manter todas as atividades planejadas em dia.

Não, nesta sexta eu não quero outra coisa a não ser dormir, dormir e dormir sabendo que amanhã é sábado e a hora de acordar será a hora que o corpo desejar. Que maravilha! Permitir que o corpo comande, determine.

Banho tomado, corpo mais leve, cama macia, olhos se fechando e o mundo dos sonhos me abraça e me leva... Mas eis que acordo antes do desejado. Não pelo comando do corpo, mas por sons externos. Que som é esse? Olho o relógio. Quase 01:00h.

Gatos na vizinhança, penso. É primavera, é o momento em que eles ficam mais agitados.

Não, não são os gatos. Que som é esse?

É um som humano... Alguém chorando? Um bebê doente?

Afino os sentidos do ouvir. Cerca de 15 minutos depois, identifico o som. Qual?

É uma mulher gemendo de prazer. Ulalá!!!

Há tanto tempo sem experimentar tal experiência que já havia me esquecido suas nuances. Rio. Ah! O prazer corpo! Os vizinhos fazem festa. Mas diferente da música da Marina eu não busco um acontecimento.

Identificado o som, pesquisa concluída eu volto para o meu prazer e deixo que meu corpo encontre com felicidade o prazer do sono.