A Revista ISTOÉ desta semana traz uma entrevista com o Prof. Marcelo Gleiser.
Eu que sempre fui fascinada pela Física enquanto disciplina teórica, fui logo ler a matéria.
Considero o Prof. Gleiser uma evolução dentro das construções estereotipadas sobre a figura do físico: ele não é aloprado, não tem cara de louco, não é um ser bitolado e anti-social e o melhor de tudo, não contribui para a mística de que a Física é para o iniciados, leia-se cabeção.
Pelo contrário, faz da mesma algo extremamente interessante e acessível.
Como eu gostaria de ter tido um Prof. Gleiser na época do meu segundo grau! Como eu teria menos traumas e notas vermelhas.
Vocês já tiveram oportunidade de ver esse cara falando sobre seu trabalho? Os olhos dele brilham, meu! Ele fala de Física como quem comenta o último capítulo da novela.
Pois bem, a tal entrevista (A ALMA NÃO EXISTE) fala de seu mais recente livro sobre o astrônomo alemão Johannes Kepler (lembram das órbitas elípticas?) que defendeu a teoria de que o Sol, e não a Terra, era o centro do Universo e por isso foi perseguido pela Igreja e aproveita a deixa para discutir a relação Ciência e Religião.
Li, entendi e concordo com boa parte da matéria, mas fiquei com um comichão, doida pra pedir a palavra.
A História tem um catálogo enorme de atrocidades feitas em nome de um direito divino, burro e absolutista. Contudo, penso eu, é preciso ter cuidado para não incorrer no erro contrário: o cientificismo como religião.
Eu que sempre fui fascinada pela Física enquanto disciplina teórica, fui logo ler a matéria.
Considero o Prof. Gleiser uma evolução dentro das construções estereotipadas sobre a figura do físico: ele não é aloprado, não tem cara de louco, não é um ser bitolado e anti-social e o melhor de tudo, não contribui para a mística de que a Física é para o iniciados, leia-se cabeção.
Pelo contrário, faz da mesma algo extremamente interessante e acessível.
Como eu gostaria de ter tido um Prof. Gleiser na época do meu segundo grau! Como eu teria menos traumas e notas vermelhas.
Vocês já tiveram oportunidade de ver esse cara falando sobre seu trabalho? Os olhos dele brilham, meu! Ele fala de Física como quem comenta o último capítulo da novela.
Pois bem, a tal entrevista (A ALMA NÃO EXISTE) fala de seu mais recente livro sobre o astrônomo alemão Johannes Kepler (lembram das órbitas elípticas?) que defendeu a teoria de que o Sol, e não a Terra, era o centro do Universo e por isso foi perseguido pela Igreja e aproveita a deixa para discutir a relação Ciência e Religião.
Li, entendi e concordo com boa parte da matéria, mas fiquei com um comichão, doida pra pedir a palavra.
A História tem um catálogo enorme de atrocidades feitas em nome de um direito divino, burro e absolutista. Contudo, penso eu, é preciso ter cuidado para não incorrer no erro contrário: o cientificismo como religião.
Veja: Na sua opinião, não existe alma?
Gleiser: Eu adoraria ter alma e, quando meu corpo pifasse, poder renascer em outro corpo. Histórias de espiritismo, de vida após a morte e as várias versões das religiões para isso são mecanismos que criamos para lidar com nosso problema mais fundamental, que é a mortalidade. Vários amigos espíritas dizem que a matéria científica de pensar o mundo é apenas uma. Existem outras. Usar a ciência para justificar a existência ou não da alma nunca vai dar certo. No século XVII, o que se chamava de eu, a pessoa, vinha da alma. Quando a pessoa morria, a alma ia embora e o corpo ficava. Toda a noção de ser humano era relacionada à existência ou não dessa faísca divina. Aristóteles achava que a alma ficava no coração, assim como os egípcios. Não se sabia que o centro era a cabeça. Hoje, a gente sabe que não tem alma e que o cérebro é um organismo extremamente complexo.
A gente sabe? Quem é a gente? Eu não sei nada disso e nem quero saber.
Agora vão abrir os corpos e fazer cálculos para descobrir a existência de uma alma?
Pela psicologia, psi é um elemento etéreo, é o sopro que motiva o corpo a agir e ninguém precisou de cálculo para isso.
A fé independe das religiões e das leis científicas.
Ou como diria aquele velho ditado: cada macaco no seu galho.
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