28.2.05

Tô voltando, aos poucos.
Saudades de todos e de tudo, principalmente da rotina. Ah, eu adoro uma rotina e a sensação gostosa que ela provoca na minha vida que é aquela "certeza" de saber que as pessoas e coisas que eu amo e importam vão estar lá: família, amigos, namorado, meus livros e discos prediletos, arroz com feijão.

Mas como eu também sou um ser humano "normal", gosto de ser surpreendida pelo cotidiano. Esse final de semana foi inacreditável, pessoal.

Sábado foi o casamento do meu mano. Tudo perfeito e lindo.
Igreja florida, repleta de caras amigas, algumas de todos os dias e outras de muitos tempos. Gente com os olhos cheios de lágrimas de saudades, felicidade, orgulho, enfim, lágrimas de emoção, de corações pulsantes.

A presença do Juju foi um evento à parte. Vê-lo tão bem e recuperado, tão senhor de si, voluntarioso, decidido, ser humano pleno no alto dos seus cinco anos é algo que vale toda a minha existência nesse mundo.

E a festa?? Meu Deus, o que foi aquilo?
Há tempos não dançava tanto. Me acabei naquele salão. Só não dancei na boquinha da garrafa porque sou fina e tenho uma reputação a zelar, se disserem o contrário, duvidem!!
Minhas pernas ainda estão só o fiapo, doem até quando eu esboço o mais tímido sorriso.
Sentamos, sem saber, em local estratégico: na saída da cozinha.
Se me entupi de salgados? Não tanto quanto queria (e merecia), porque fui madrinha e fiquei ocupadíssima com fotos e atenções.
Mas na hora do jantar fiz jus ao meu jejum. Enfiei o pé na jaca. De com força. Também, depois de dois dias bebendo só água para ficar deslumbrante no meu vestido vermelho-hemorrágico decotado, eu podia comer como um monge e ainda assim seria perdoada.
Como não estava dirigindo, uma bebidinha também caía bem, não concordam? Então, bebi. Xampã, uísque, coquetel, metanol, água, refrigerante... não, café não. Anotem aí, não é nada chique numa ocasião dessas, quebra o clima de alegria e confraternização. Hohoho.

Hora do famoso buquê. Tadinha das flores! Ficamos, eu e meu namorado, contemplando a cena. A turba barulhenta se acotovelando, cada uma das mulheres pronta para empurrar a concorrente, mas tudo num clima muito amistoso. Eis aí a competição mais divertida de todos os tempos.

Quatro e meia da manhã. Depois de toda a agitação, eu ainda consegui me manter glamourosa. Nenhum só dos 28 grampos (caralho, o que era aquilo? Só então entendi porque as pessoas me perguntaram se eu tinha feito plástica!) que estavam na minha cabeça caiu; nenhum sinal de respingo no vestido; meu hálito estava como o de Iracema, doce e fresco como licor de jabuticada. Te cuida, José de Alencar!!
At last, but not least: Júlio e Cátia, toda a felicidade do mundo procês.

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