13.9.04

PEDRA NA CRUZ

PEDRA1:
Você está numa festa lotadíssima. Por um motivo qualquer, afasta-se um segundo dos seus amigos.
De repente, alguém completamente ébrio, toca no seu ombro:
- Oi Virgínia.
Sorrio e digo:
- Você se enganou. Não sou a Virgínia.
Ele insiste:
- Estou muito mal. Você parece tanto com a Virgínia. Será que poderíamos conversar?

PEDRA 2:
Numa fila enorme de banco, uma pessoa desesperada me aborda:
- Moça, será que você poderia me ajudar?
- Pois não.
- Vão cortar a luz lá de casa, será que a senhora não poderia me ajudar com esta quantia?

PEDRA3:
Sala de trabalho. Somos seis pessoas.
Um rapaz entra e vem na minha direção.
Eu:
- Boa tarde.
Ele:
- Boa tarde. Eu poderia falar com a senhora?
- Claro.
- Mas é em particular.
Sinto que ele está meio envergonhado, um pouco tímido. A sala é mínima e não posso oferecer-lhe um lugar reservado.
Já passa do meio-dia, é hora do almoço. A galera "mui amiga e mui esperta" ao escutar o apelo do rapaz, sai e nos deixa a sós.
- Pronto. Pode falar.
- Gostaria de falar sobre um projeto de lei...
Resumindo. Ele ficou falando por quase duas horas.
Queria que eu o ajudasse a solucionar seu problema: uma operação para troca de sexo.
Respirei fundo, vesti a cara de "ah, sim, isso é muito comum. Todos os dias recebo pessoas com dúvidas como a sua" e tentei encaminhá-lo para o que eu supunha ser o mais indicado.
Ele saiu feliz por ser, ao menos, ouvido sem que o achincalhassem.
Eu, totalmente idiotizada, perdi a hora do almoço, fiquei com fome durante todo o dia, mas não perdi o rebolado.

Agora me digam: isso é algum tipo de carma? Ou será que rasguei o manto sagrado para fazer um modelito ousado?


3 comentários:

l. disse...

Desculpa, Valentina, mas: Hahahahahahaha! l.

Valentina disse...

Ô nego, não ri, não! O negócio é sério! :oP

Valentina disse...

A féladamãe ainda faz graça! Eu mereço! :o)

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